Hoje não vou falar das eleições americanas. Nem do vírus, nem das máscaras, nem do novo estado de emergência. Hoje este post é apenas musical, com alguma descobertas e coisas recentes. Dream pop, com um toque ambiental aqui e ali, alguma nostalgia, e soul suave e psicadélico. Só para ouvir. Para que tenham uma semana enternecidamente agradecida com música. Enjoy.
Instigado por uma amiga minha amiga, durante o confinamento escrevi um conto sobre a pandemia, que depois foi submetido a concurso (Contos da Pandemia, Livraria Lello). Não ganhei. Mas deu-me gozo escrevê-lo. Deixo-o aqui para que o leiam. Se quiserem, obviamente. A leitura é facultativa. Com ou sem máscara.
Era bom que fosse assim tão simples. Já andavam todos mais contentes e, provavelmente, com grandes ressacas. E sem ponta de vírus. Mas eu até acho que o sacanita deve adorar uma boa jola. Eu gosto e também gosto de pensar que não sou nenhum vírus.
Agora mais a sério, a porra do COVID-19 veio embrulhar tudo, da saúde à economia, estamos todos a levar nas trombas. As melhoras tardam e ainda não há uma cura à vista. E o que podemos fazer? Para começar é seguir as instruções, lavar as mãos, usar o álcool-gel (o primeiro está nas cervejas, o segundo não pode estar!), manter ao máximo o distanciamento social, etc.
Mas, o mais importante é mesmo tentar ajudar a economia a sair do marasmo, sempre que isso estiver ao nosso alcance e tendo em conta as nossas posses.
Já por várias vezes, durante este nefasto período, tenho ido à 8ª Colina. Explico o porquê: a Homebook, onde eu estou muitas vezes, fica a cerca de 250 metros, em plena Avenida Duque de Loulé, Lisboa.
Eu gosto muito das cervejas deles. Mas também gosto da Dois Corvos, da Musa, e de muitas outras marcas de cerveja artesanal nacional. Rima e bebem-se bem. Muito bem! E há sempre uma variedade para cada gosto.
Portanto, na hora de matar a sede e de matar também os estragos que a merda do bicharoco tem feito aos pequenos e médios negócios, vamos lá consumir, apoiar e brindar!
E porque não há cerveja artesanal sem música, deixo aqui mais de uma hora e meia de um trio de jazz moderno: Alex Skolnick Trio. Mas há uma explicação que se impõe: o Alex Skolnick é mais conhecido como o guitarrista da banda de thrash metal, os Testament. É ouvir e descobrir as evidentes diferenças.
Drink and enjoy. Com moderação e distanciamento, ok?
Há uns bons anos, na SIC Radical, foi-me dada a conhecer provavelmente a melhor anime alguma vez feita: Cowboy Bebop.
Bem, se calhar nao é a melhor. Mas eu também não vi assim muitas. Aliás, acho que vi mesmo esta série. A melhor de todas!
Em modo de film noir, as histórias eram boas, o grafismo fenomenal e a música também era fantástica, com muito jazz de big band.
Passava-se quase tudo numa nave espacial, aparentemente um pouco à deriva por esse Universo fora. E era tudo muito trepidante, mas com um toque sempre enigmático e grandioso, mas onde se sentiam as cogitações interiores de cada personagem.
Não irei falar muito mais sobre esta mítica série (GOSTAVA DE A TER EM DVD), até porque não me lembro dos detalhes, mas deixo aqui 2 trailers e a banda sonora.
Uma colega minha (a Carla Vaz de Almeida, da Homebook) fez o favor de descobrir esta pérola. Ela deu-me música e eu dou música a vocês. Espero que gostem. Ou como eu digo na minha BBC Jukebox, enjoy.
Este blog ainda não retomou a sua função, que é ter posts continuamente. Ou, segundo os tempos em que vivemos, ainda não desconfinou.
Colmatemos a ausência com outra ausência: a ausência das palavras, bastando apenas o império da música ambiental, e uma outra que é triste e contemplativa. Enjoy.
Até há 2 ou 3 dias nunca tinha ouvido falar desta guitarrista de jazz. Imperdoável! Chama-se (chamava-se) Emily Remler e desapareceu muito cedo.
Muito talentosa, é um prazer para os ouvidos. Deixo aqui alguns discos dela.
Para quem gosta do género, é obrigatório ouvir. Enjoy.
A propósito da morte de Uderzo [com Goscinny, foi o criador do herói Asterix, o Gaulês] recordo hoje que, durante uns bons anos, fui devorador assíduo de banda desenhada europeia. A “culpa” foi dos meus pais (mais concretamente da minha mãe) que todas as sextas-feiras religiosamente comprava a publicação Tintin.
Foi a partir dessa publicação semanal que eu entrei no mundo da banda desenhada, mesmo que um pouco mainstream, era um espaço onde eu descobri muitas heroínas e heróis que povoaram os meus tempos livres e imaginação, alargando os meus horizontes.
Não era só o Asterix. Obviamente o próprio Tintin e o Lucky Luke. Mas também outros menos conhecidos na altura, como Corto Maltese, Valérian et Laureline, Buddy Longway, entre muitos outros que agora não me recordo.
O mais interessante (mas com um final algo amargo) é que tivemos toda a colecção do Tintin semanal encadernada! Tivemos, mas foi roubada. Mas isso é outra história…
Alguns destes personagens já foram transpostos para desenhos animados ou mesmo para o cinema. Mas, para mim, não é a mesma coisa. No entanto, deixo aqui o vídeo completo da primeira aventura de Asterix.
Para ver em família!
Calculo que esteja em casa. Posso sugerir-lhe uma doçura musical? Pode escutar enquanto bebe o café da manhã, antes de levar o cão à rua. Ou à noite, quando for à janela ver a Lua e as estrelas. E, se tiver uma lareira, pode ouvi-la em contemplação. Porque são estes os momentos que fazem das nossas casas os refúgios da alma. Relaxe e escute-a ao som desta música.
Também a pode ouvir no vídeo em baixo, e que já mereceu uma referência neste blog.